quarta-feira, 30 de março de 2011

Paredes que prendem, protegem do vento
Que não sentia quando as tinham.
Tijolos que não me deixavam ao relento
Que a lua e o sol me ver não deixam.
Protejo-me nos seus braços
E me privo dos meus sonhos
Que agora se tornaram tristes e tão feios
Pois já não sinto o aconchego de seus seios. 

sábado, 26 de março de 2011

Postulado e confirmado

Um ato postulado
Amor consumado
Inexplicável.
Irrelevante o porquê,
Importante o como.
Deformidade que se aceita
Não se conserta.
Nem troquemos os verbos
Sentimento se sente,
Confunde a gente
E até se prove o contrário
Amamos-nos. 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Carta de despedida


Se fosse para sempre, não teriam surpresas
Tecemos em veias, gravávamos na memória,
Mas como o fim chega, está é a nossa hora,
Não dizemos  adeus pois não iremos embora.
Pedimos desculpas, pois erramos de mais,
Somos humanos, e isso todo mundo faz.
Falamos que ainda amamos, seremos amigos,
Precisamos disso, não queremos inimigos.
Não foi nenhum um sonho que acabou em pesadelo
Foi tudo tão real quanto à água que se transforma em gelo.
O infinito é algo que mortais não podem alcançar,
Então nos limitamos a pensar, e amar.
E para entender o motivo de ser
Somos  obrigados  aprender  a esquecer. 



Perdido Dentro De Sí


Na brisa do vento encontro meu chão.
Na luz encontro a sombra e escuridão.
Caminho sem rumo sem som e sem ar.
Cantos sombrios amores odiados.
Mares de males sem som  e sem onda
Não segue o caminho que o vento aponta,
Na ponta da lança a morte da vida.
O nascimento da liberdade;
O fim de semana chegando;
O começo começando de novo.