segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amargo de cerveja
Vermelho de cereja
Boca que se beija
Sorriso em tristeza
O feio da beleza
Duvida da certeza
A nota que falta
No solo de flauta
A sombra do deserto
Errado do certo
O alívio da dor
Seria assim o meu amor.
Tão incerto e complicado
Mas um amor fielmente amado
Mesmo que duvidoso
Um amor de alívio doloroso. 

domingo, 24 de julho de 2011

Reforma Agrária Agora Já


Essa terra surrada pela exploração
Que veio de Portugal, soprada pelo vento.
A terra diz alto “eu não sei mais quanto aguento”
Essa terra precisa de uma Reforma
E não é fazendo emenda da norma
Que se começa uma mudança
Esse chão já passou do limite de tolerância        
Já tiraram o pau Brasil, devastaram a Mata.
Quem briga por terra hoje, morre e mata.
Desliguem a moto serra, guardem as bombas.
Essa terra não precisa de demolição.
Precisa de uma Reforma que garanta o pão.
Que valorize o suor de todos os Seu  João
Que valorize o trabalho do operário,
Que constrói o trator ou dirige o caminhão
Precisa de uma reforma onde cada grão
Seja mais importante que hectares de devastação
Vamos reerguer aquilo que está no chão
Dar chance a quem nunca teve um pedaço dele
Diminuir o lucro do patrão é diminuir a exploração
Reformar a divisão é salvar a vida da nossa querida terra
É evitar que no futuro a falta de alimento, traga a guerra.
Reforma agrária, um sonho que deve virar realidade.
Para que o futuro do país seja uma potência de  verdade
Potência de barriga cheia onde não precise plantar na areia. 
Quando se canta pra santo
Não se vê que santo não é
Eram poucos que tinham tanto
Eram tantos que pouco tinham
Os pobres que muito sofriam
E ainda sofrem até a morte
Mas esse não é santo
Não é guerreiro
Guerreiro no mundo é herdeiro
De capitania, de capitão.
Esses santos de barro
No meu mundo não é santo não.
Um guerreiro de verdade
Pode não saber falar
Pode ser aquele que tênis é calcanhar
Santo guerreiro não é herdeiro
Não é filho de fazendeiro
É aquele que nasce na guerra
Chamada vida pobre
Todos os dias morros sobem
Águas buscam a quilômetros de distância
Estão longe de ganância.
Não são aqueles....
Que em terra onde se tem comida em abundancia
Escravizam o povo usando a arma da ignorância. 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Chão sujo de pó
Casa abandonada
É casa de verão
Em segundo plano, Educação.
Muito pó e pouco Giz
Nem tão pouco pão,
Só circo e futebol.
Pra ser feliz!
Vivo de praia e sol
Como lixo e queimo livro
Mas sou penta campeão,
Brasil, país de emoção.
Um país de verão. 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Garrafadas

Entreguei-te um pouquinho de mim
Fiz assim por que quis, eu quis sim.
E a cada gota de amor dada
Eu ganhava de volta uma garrafa
Uma garrafa de carinho
Mas agora ando sozinho
Com uma garrafa de vinho.
Sem ninguém para comigo beber
Só sei que tenho que esquecer.
Pois já sei já sei, que vale muito a pena sorrir.
Mas não vale não vale e não vale nada o que chorei.
Pois cansei, e tenho mais amor pra dar,
E mais garrafas pra compartilhar. 

domingo, 17 de julho de 2011

E quando o perfume da flor foi mais forte que a razão
Mesmo sabendo que arrancando do chão
Perderia força, brilho, e toda sua base de sustentação.
A vontade de tê-la em casa enfeitando minhas manhãs.
Era muito mais forte do que a consciência de abandona-la,
Solta, no jardim publico descampado e sem abrigo.
Tomei a flor em minhas mãos e a levei comigo
Crente, com a consciência limpa de que bem lhe fazia.
Mas não percebi que era somente uma feia mania.
A flor feliz no campo estava
Mesmo que vento, chuva, sereno a molhavam.
Nada, até então, daquele chão a arrancava. 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Razão Caminha Sonhando

Só quando a razão me falta
Abandono à mesmice das notas da flauta
Embalo-me em uma nova música
Que ao longe meu ouvido escuta
Dou forma a um novo sonho
E construo uma nova realidade
Trazendo consigo mentira e verdade
Que meus olhos já não sabem distinguir
Mudo a historia de sempre sem saber aonde ir.
Quando mais nada falta me perco dentro de mim
De tão perto me encontro longe sem caminho a seguir.
Em um desenho rabiscado, rasgado e sujo de pó.
Vejo estrelas no céu, sei que nada está só.
Talvez longe de mais, mas nunca abandonado.
Noite e dia sol e lua estão sempre lado a lado
Como o medo e a coragem e vontade de viver
Estou parado e com desejo de correr.
Já que não tenho mais razão, viajo por ai então.
Como uma carta sem remetente deixada nos seu portão.
Esperando ser lida, para mudar a sua e a nossa vida. 

sábado, 2 de julho de 2011

Quem pensa que sabe tanto
Não sabe que nada sabe
Quem saudade não sente
É por que sem duvida mente
Pois a mente sente saudades
Do que nunca esteve presente
Talvez a busca certa seja achar
Algo certo que se deva procurar
Pois se  o que busca é sonho
Deve  dormir  para encontrar
Se realidade for, acordado deves ficar.