Em um dia de verão
Mais uma nuvem negra,
Terra rolando sem chão
Mais morte sem regra.
Em um dia de verão
O rio da vida é rio da morte,
A água do choro em vão
Em baixo da terra, vida, que sorte.
Em um dia de verão
Fez valer a natureza,
Corpo deitado em caixão
Em serra de antiga beleza.
Em um dia de verão
Não se ouviu sirene tocar,
Sem qualquer aviso na televisão
Muitas terras começam a rolar.
Em um dia de verão
O barro começaram a limpar
Com carinho e compaixão
Quem sobreviveu, para casa pode voltar.