domingo, 1 de abril de 2012


Não há traços parecidos na face
Não a sangue que corre igual
Vivendo sem saber da vida
O que todos acham normal

Não sei por que eu estava ali
E o porquê você estava também.
Encontramos-nos naquela sala
Naquela escola que por hora
Poderíamos não estar

Na minha casa já te chamei de amigo
Carreguei-te comigo e com você caminhei
E por quase todas as passagens de minha vida
É quase impossível uma da qual seu nome não citei.

Mas o tempo que não perdoa
Afastou-nos por certos momentos
Mas eu sorria e sem sofrimentos
Sabendo que você estava feliz
Pois se não estivesse logo eu saberia
E para nossa alegria para o seu lado eu correria.

Mas isso não era perfeito e da vida pouco eu sabia
Esperei-te acordar, assim como outras vezes.
Mas seus olhos com a cicatriz da nossa infância
Daquele tempo em que não conhecíamos ganância,
Insistiram em ficar fechados.

Mesmo com muita gente ao seu lado
Nesse momento ficamos todos sozinhos
Só me lembro com  todo o carinho
E com a consciência tranquila de que meu amigo
Seguiu com toda força o seu duro, porém curto caminho.

Sem nunca perder o sorriso
E juntando muitos rostos
Que por um instante se banham de lagrimas
Mas levantam levemente as bochechas
Como um sinal de que sabíamos que só estávamos juntos
Por que alguém nos uniu, nesse país quente,
Às vezes se faz necessário sentirmos frio.