Sem medo e sem nada
Amores programados
E chão firme de concreto.
Um passo em falso!!
Mudo todo o cenário
Como canto de canário
É belo é afinado
Mas em período findado
Muda a cara, muda a gente
Não mais que de repente
Um golpe de serpente
Um gole de vinho
Se trilha um novo caminho
E cada passo, um pânico
Chão de pântano
Areia movediça
Que meu pé prende enguiça
Caminho lento, corro, longe.
Sem parar para pensar
E sem morrer de preguiça
Não sinto cheiro nem perfume
Nem de comida nem de carniça
E o medo do adulto cresce entre muros
Ao passar do medo vem o desejo
Do desconhecido no novo passo
De olhos fechados porem bem amados
Cadarços firmes e amarrados
Em pernas que tremem de medo
Mas que correm por desejo.
Corro sem saber o que almejo
Somente uma nova semente
Que na trilha encontrarei
Se eu parar pra aguar
Ela possa germinar
E uma nova casa daquele bosque
Que parecia pântano
Passa o pânico
E vem a calma
E com um novo sopro
Que podem chamar de alma
Concreto o chão
Piso firme e sem medo
A caminhada não foi em vão.
Sobe o muro e um novo limite
Que agora não sei se ainda existe.
Texto feito as 5:04 sem revisão
"A caminhada não foi em vão."
ResponderExcluirNunca nada é em vão!
Um de seus melhores poemas, na minha humilde opinião.
Um jeito bonito de se pensar as etapas da vida.
=), engraçado que ele saiu de madruga e fui escrevendo palavras corridas no começo rsrs. Deu certo...
ResponderExcluirOs melhores textos acontecem por acaso!
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